Capitulo 5
Escutei alguém entrar em meu quarto, mas eu ignorei totalmente a
presença desse ser. Depois, escutei o barulho de cortinas serem abertas e
agradeci mentalmente por estar com tampões de olhos para me proteger.
“Vamos,
Luinha, hora de acordar!” reconheci a voz de Meredith, mas resolvi
fingir não ter escutado, e tentar voltar a dormir novamente.
A
mulher bufou e seus passos ecoaram até bem perto de mim. Tirou o
cobertor de cima de mim, arrancando resmungos irritados de mim,
obviamente.
“Acorde, garota! As férias acabaram!” a palavra ‘férias’
e ‘acabaram’ não eram a combinação perfeita, e aquela ultima frase me
fez pular para fora da cama.
“Porque férias não podem ser eternas?” resmunguei tirando meu tampão e jogando-o em cima de Meredith, propositalmente.
“Porque
quem vive de férias não se torna uma grande advogada, então trate de se
levantar e preparar seu futuro” ela disse num belo discurso. Dramática.
“Nossa, Mere, como você é extrapolada” resmunguei novamente,
colocando minhas pantufas e indo até o banheiro fazer minha higiene e
necessidades matinais.
A criada continuava a tagarelar atrás de mim,
parecia mais empolgada que eu para o começo do ano letivo. Quero dizer,
eu estava zero por cento empolgada para esse fato. Férias deviam ser
eternas, definitivamente.
“Sua mãe está chamando para o café. Vista logo o seu uniforme e desça” disse ela serelepe antes de me deixar sozinha.
Tive
vontade de deitar-me novamente na cama e fingir que Meredith não havia
entrado no quarto. Mas mamãe provavelmente brigaria com ela. Por mais
que eu fosse desesperada pelos meus estudos, lembrar que eu teria de
enfrentar aquele inferno por mais dois semestres, era assustador. A
imagem das lideres de torcida me criticando e derrubando sorvete
propositalmente em mim me assombrava à dois verões.
Fiz o que
Meredith me mandou, e desci até à sala de jantar, onde uma farta mesa de
café da manhã estava posta, com variedades de roscas, cookies, muffins,
vitaminas, frutas, quitandas de todos os tipos.
Exagero, como tudo nessa família.
Meu pai estava sentado na ponta, como sempre, e com um jornal diário em suas mãos, o qual lia com seriedade.
Minha
mãe, ao seu lado direito, cortava um pão-de-batata ao meio, sem
desmanchar aquele jeito frio e indiferente de seu rosto, parecia já
estar esculpido em sua vida.
Sentei-me do lado oposto ao da minha mãe, não sem antes dar um beijo na testa de meu pai.
“Bom
dia, querida” John esbanjou um imenso sorriso, fazendo suas ligeiras
covinhas aparecerem no meio de sua barba um pouco mal feita. Respondi
com um sorriso, já que um ‘bom dia’ ele não arrancaria da minha boca.
Hoje com certeza não seria um bom dia, o céu escuro me dizia isso.
Peguei um pão da mesma cesta onde minha mãe havia pegado o dela, e o
enchi de pasta de amendoim. Ela e eu nunca nos desejávamos bom dia,
afinal eu não estava interessada em seu dia, então para mim era
indiferente se ela tivesse ou não um dia feliz.
Eu não me importava. E aparentemente, nem ela.
“Seu
primeiro dia de aula, huh?” meu pai começou sorridente. Acho que todos
nesta casa estavam felizes por eu estar voltando ao inferno, talvez
estivessem enjoados da minha cara sem graça e sem expressão.
“Pois é...” silibei sem emoção, dando uma enorme mordida em meu sanduíche, trazendo a discórdia ao rosto de Mary.
“Você
devia estar animada, Lua! Oh, como sinto saudades do meu colegial...”
John continuou, típico assunto nostálgico de quem já passou dos trinta.
Recostei minha cabeça em uma das minhas mãos enquanto eu mastigava,
quase dormindo.
“Tire a mão da cabeça, é falta de respeito enquanto
come” Mary me reprimiu, olhando-me com desgosto. Suspirei profundamente e
me sentei comportada, de acordo com suas normas de etiqueta. Não estava
com humor bom o suficiente para argumentar, meu sono e melancolia
superavam minha revolta contra minha criadora.
Depois de um longo e
silencioso café da manhã, meu pai anunciou que me levaria até o colégio.
Despedi-me brevemente de Mary, peguei minha mochila das mãos de
Meredith e parti, aos calcanhares de meu pai, para fora da casa.
John
tecnicamente me levou até o colégio. Na realidade, havia um motorista
no banco da frente, enquanto nós dois estávamos nos de trás. Fomos
abraçados ao longo do caminho, e ele continuava com seu discurso
nostálgico e abatido, de como sua princesinha havia crescido e se
tornado uma linda moça. Ele realmente estava passando seus sentimentos
para mim, já que tudo que vinha à minha mente, eram os momentos em que
eu havia passado na minha infância. Principalmente dos dias em que John
me levava à praça principal de Bolton nos dias em que havia quermesse.
Eu sempre fazia escândalos para que ele me levasse em todos os
brinquedos possíveis, e o mesmo sempre ia com um grande sorriso
estampado em seu rosto. E o melhor era que no final, empanturrávamos de
algodão doce azul. Eu me lembro exatamente, eu não suportava comer
nenhum algodão que não fosse azul.
Mary nunca presenciava destes momentos, entretanto. Achava perda de tempo, e sempre criticava o espírito criança de meu pai.
“Boa
aula, querida” papai depositou um carinhoso beijo em minha testa assim
que vi o carro estacionar diante de um enorme terreno. Era agora. Eu não
poderia fugir.
“Obrigada, papai” sorri meio incerta, e sai do carro assim que o motorista abriu a porta.
Vi
o Mercury sumir por entre muitos outros carros que chegavam ali.
Suspirei e contei até dez mentalmente, antes de me virar e encarar o
local onde sempre ocorriam minhas divergências.
E a escola
continuava a mesma. Tudo que se via de primeira, era o grande muro que a
contornava, com uma pintura branca rústica, e no meio, um grande portão
de bronze modelado. Esse estava arreganhado, e dezenas de garotas o
adentravam, normalmente em bandos, gargalhando e conversando
animadamente com as companheiras. Todas com cabelos perfeitamente
penteados e brilhantes, com seus sorrisos perfeitos que combinavam com
seus corpos.
O Ladywood School era um verdadeiro antro da perfeição,
o paraíso para qualquer garoto. Exceto o fato de que ali não havia
garotos, esses apenas apareciam durante o intervalo e ficavam pendurados
em cima do muro para observas as milhares de meninas deslumbrantes. Eu
me sentia sempre incomodada com toda aquela perfeição, principalmente
quando ela me olhava e ria da minha patética existência.
A escola
em si era gigantesca. Ocupava todo o quarteirão daquela avenida. Havia
milhares de blocos com milhares de salas, um refeitório imenso, uma área
de lazer, a qual incluía quadras de tênis, lacrosse, vôlei, um ginásio
esportivo, piscinas de todos os tamanhos, enfim. Para mim, uma
inutilidade. Mas infelizmente, sedentarismo não era opcional, logo, eu
sempre me via em situações ridículas por aquelas áreas.
Arrumei a
alça de minha mochila em minhas costas, e me juntei às garotas que
adentravam o portal bronze. Enquanto eu atravessava o extenso gramado
verde florescente, senti um peso sobre mim e vi um chumaço de cabelo
tampar meu campo de visão. Essa pessoa só poderia ser uma.
“Mel, sua louca! EU VOU CAIR!” eu gritei desesperada e desequilibrada, e antes que eu pudesse agir, nós duas estávamos no chão.
A
retardada ria sem parar no chão, e eu me levantei, tirando os pedaços
de grama do meu cabelo. As garotas ali já pensavam que eu era uma
esquisita e autista, e agora me olhavam abismadas, confirmando seus
pensamentos.
“Você precisa de um psicólogo, sabia garota?” falei
entre dentes, estendendo a mão à minha amiga que tinha um ataque
epiléptico no chão.
“E você precisa de menos ódio no coração” ela
bufou e aceitou minha mão de ajuda. Ajeitou seu uniforme, e voltamos a
andar em direção ao bando no passeio. “Não agüento mais ver essas
patricinhas chatas com suas bolsas da última coleção da Chanel...”
Melzinha disse com desgosto enquanto analisava as meninas que passavam
do nosso lado.
“Mel, querida... Você é uma patricinha que usa bolsas
da ultima coleção da Chanel...” lembrei-a, e apontei para sua enorme
mochila com um grande símbolo da marca bordado.
“É...” ela disse pensativa. “Mas eu não sou chata!” completou entusiasmada e com os olhos brilhando para mim.
“De vez em quando não...” fiz uma careta e recebi um tapa da minha amiga.
“Agora
me diga...” Melzinha mudou de assunto, e subimos a escada do primeiro
bloco, em direção à aula de filosofia, que era a primeira das nossas
obrigações “Você e Ben, Ben e você...” ela articulava de um jeito
engraçado. Minhas bochechas coraram no instante em que escutei aquele
nome.
“Estamos... você sabe...” comecei sem graça, olhando para os
lados vendo se não havia nenhum ser curioso a ponto de prestar atenção
em nossa conversa “Namorando” sussurrei animada, dando pequenos
pulinhos.
Como de se esperar, minha amiga fez questão de um
escândalo. “ESTÃO NAMORANDO? AH MEU DEUS! VOCÊS OUVIRAM, INVEJOSAS?
MINHA AMIGA ESTA NAMORANDO BENJAMIN Suede!” Melzinha gritava olhando à
sua volta, e eram visíveis as caretas que as meninas faziam. Tampei sua
boca de imediato e a estapeei.
“Conhece a palavra segredo, mulher?” A repreendi, recebendo um olhar de piedade da minha amiga. Rolei os olhos.
Continuamos
a andar pela escada interminável, até que chegamos àquele imenso
corredor com inúmeros escaninhos presos nas paredes. Chegava a ser
irritante todas aquelas garotas reunidas, não era um som muito
agradável. Digo, suas vozes misturadas não era a mais perfeita sinfonia.
Finalmente entramos dentro da classe de filosofia, e eu posso dizer
que não estava com um pingo de saudades daquele professor gordo e que
sempre tinha uma marca de seus óculos escuros em seu rosto.
“Você
ficou sabendo da grande novidade, Flávia?” Melzinha perguntou à minha
outra amiga, enquanto tocávamos de roupa no vestiário. Finalmente
estávamos no ultimo horário do dia, o que significava estarmos por volta
das quatro da tarde.
“Não, qual?” ela disse visivelmente empolgada, parando de colocar suas meias ¾ e nos encarando.
“Luinha
está namorando Ben Suede!” Melzinha deu pulinhos, mas a reação de
Flávia não era a esperada. A garota fechou a cara imediatamente e sua
feição misturava raiva e desgosto.
“Hm... Que bom” ela forçou.
“Sejam felizes” para finalizar, Flávia fechou seu escaninho com força e
saiu do vestiário apressada e batendo seus pés no chão fortemente.
“O
que foi isso?” perguntei à Melzinha, confusa. Porque diabos Flávia teve
essa reação? Como Mel, pensei que ela ficaria feliz, afinal, amigas são
assim!
“Eu realmente não sei...” minha amiga disse, tão confusa
quanto eu. “Provavelmente está com inveja por Borges ainda não tê-la
chamado...” ela deu de ombros. Eu balancei a cabeça, e vi minha amiga
também sair do vestiário.
Com certeza, esse não era o motivo. Se
fosse por Micael, eles estariam namorando há séculos! Toda a conversa
que nós tivemos a dias atrás, começava a fazer sentido.
Afastei qualquer pensamento da minha cabeça, arrumei meu uniforme esportivo e tracei o mesmo caminho que as meninas.
“Lua,
você ficou para o time da Lester...” Jill, o treinador comandou.
Preciso dizer que tenho uma paixão secreta e platônica pelo treinador
Jill. Ele não passava dos vinte e cinco anos, cabelos lisos que caiam
sobre seu rosto, uma barba malfeita e olhos lindos. Azuis. Que hoje
estavam tampados por um RayBan aviador. Eu, particularmente, apenas
insisto por fazer educação física por ele. Um grande estimulo, devo
dizer. Jill me entregou um stick e fui correndo em direção ao grupo de
Lester, que se encontrava no lado direito do campo.
Entre todos os
esportes que praticamos, lacrosse é o que eu mais odeio, sem sombra de
dúvidas. É um esporte idiota que tem como objetivo marcar gols rematando
a pequena bola de borracha para dentro da baliza do adversário. Bem
idiota e sem senso.
Lester, uma loira alta e de beleza impecável
(que no tempo livre se torna líder de torcida para a escola masculina
vizinha), me apresentou as estratégias. Concordei como se entendesse
tudo, e Jill apitou para que começássemos.
Allison, do nosso time, estava com a bola, e começou a correr em direção à baliza do time de Ellie, o adversário.
Melzinha
e Flávia eram adversárias. Eu era encarregada da defesa do time, então
eu sempre ficava a guarda de uma pessoa. Fui ordenada a defender Flávia,
que era atacante de seu time, por ser sempre ágil e ter ótimos
movimentos com o stick. Eu a rodeava, e seguia cada movimento seu,
impedindo-a de avançar, ou pegar a bola de alguma companheira.
Allison
passara a bola a Morgan, que a perdera para Cameron do outro time. A
mesma corria para o nosso campo, e eu estava apreensiva do lado de
Flávia, que possuía a mesma expressão de raiva de antes, e esperava
ansiosa pela bola. Cameron atirara a bola para a garota, que começou a
correr. Felizmente, eu tenho um bom fôlego e minhas pernas são de um
tamanho favorável para uma boa corrida.
Eu corria tão veloz quanto
Flávia, e consegui ficar a sua frente. Eu podia escutar a voz de Allison
de plano de fundo, pedindo para eu tirar a bola do stick de Flávia, mas
a garota desviava cada vez que eu tentava. Fiquei a sua frente
novamente, encurralando-a. Ela claramente não teria outra opção, a não
ser enviar a bola para outra pessoa, ou eu podia conseguir tirá-la de
seu stick. Mas nenhuma das opções foi feita. Através do protetor de
olhos, pude ver a raiva fulminando nos olhos de Flávia, e aquilo não
podia ser apenas inveja por seu namorando não ter chamado-a para
namorar. Não era racionalmente aceitável. Então, senti o peso da garota
contra meu corpo, e fui derrubada no chão com força. Senti, no mínimo,
duas costelas minhas serem quebradas, e eu torci para não ter uma
concussão.
Flávia levantou-se rapidamente e correu até a baliza, atirando a bola em sua direção e fazendo um gol.
Todos ali estavam estáticos, inclusive as garotas do seu time.
“Flávia,
VOCÊ PERDEU A CABEÇA?” Melzinha tirou os protetores e jogou seu stick
em qualquer canto, gritando ferozmente com a garota. Não pude ver sua
expressão, mas pude escutar Flávia bufando.
Jill apitou finalmente e
veio em nossa direção. A essa altura do campeonato, todas do meu time me
rodeavam e perguntavam se eu estava bem. Apesar da dor horrível em
minhas costelas. Levantei-me com muita dificuldade, com ajuda de
Allison, Melzinha e Morgan.
“Flávia, você sabe muito bem que é
proibido contato físico nesse jogo, por que razão você fez isso?” Jill a
indagou, visivelmente aborrecido. Vi Flávia rolar os olhos, o que fez o
treinador se irritar mais. “Você está de licença dos jogos, Flávia. Por
três meses, isso exclui você do torneio municipal de Lacrosse!”
“Como se eu me importasse...” ela disse cética, jogando com força seu protetor e stick no chão e saindo do gramado rapidamente.
“Quais
são os problemas dessa garota?” Jill continuava zangado, fazendo gestos
com as mãos. “Oh meu Deus, me desculpe Lua, vamos para a enfermaria!”
Lembrou-se de mim, e me colocou no colo, saindo rapidamente do gramado
da quadra e andando pelo passeio enorme, que costurava o jardim.
“Isso
parece ser muito mais do que simples inveja, Melzinha...” comentei,
enquanto Preston, o motorista, me ajudava a andar até o carro.
“Ela
está louca. Só pode estar usando uma dessas ervas novas que andam
surgindo. Não tem outra explicação!” Melzinha dizia incrédula. No
momento em que Preston abriu a porta do carro para mim, pude ver alguém
encostado no muro da escola.
Era Flávia. Ela estava com uma perna
recostada no mesmo, seus braços cruzados e uma cara entediada. Resolvi
deixar minha espiritualidade de lado, e enfrentá-la. Eu não era
experiente nisso, mas as coisas não poderiam ficar assim. Nós éramos
amigas!
“Flávia, o que está acontecendo?” perguntei em alto tom,
recebendo um olhar repreendido de Mel. Vi Flávia bufar e aumentar ainda
mais a expressão entediada. “Fale comigo!” insisti.
“Lua, me faça um
favor, e esqueça de mim, okay?” ela disse curta e friamente e começou a
andar na direção contraria a mim. Comecei a andar a seus calcanhares
com dificuldade.
“Não, Flávia, eu não esqueço, não enquanto você não
me disser o que tem de errado com você!” falei um pouco mais alterada,
segurando seu braço para que ela olhasse para mim. O que me fez
arrepender, já que aquela feição cínica estava me irritando tanto quanto
fazendo meus punhos se fecharem de aborrecimento.
“O que está
errado, Lua?” ela soltou-se bruscamente do meu braço. “Eu não te
suporto, isso é o que está acontecendo! Esse seu jeito bonzinho me
irrita!” Flávia fazia uma incrível cara de nojo enquanto falava, e eu
escutava estática a cada palavra. “Esse jeito meigo como você fala me
faz ter dor nos ouvidos! E o modo como você sempre coloca sua blusa para
dentro da saia faz parecer que sua mãe a veste!” ela disse cínica
apontando para mim e rindo irônica. Olhei para mim mesma. Minha camisa
branca de uniforme se prendia dentro da saia rodada azul-marinho. Olhei
para Flávia. Sua camisa tinha os dois últimos botões abertos, para que
ela pudesse amarrá-la acima do umbigo.
“E você pensa que Suede gosta
de você? Como alguém pode gostar de você? Só algum idiota como o
Roncato! Acorda garota!” ela gritava histérica e seus cabelos começavam a
se bagunçar devido aos seus movimentos bruscos.
Mas espera. Roncato? Ela disse que Fernando gosta de mim? Eu escutei direito? Como isso é possível?
Espantei Roncato da minha cabeça e tentei me concentrar na situação.
“Flávia...
Porque você está agindo assim? O que eu fiz para você?” algumas
lagrimas começavam a brotar em meus olhos. Não haviam motivos sensatos
para explicar seus atos! Até ontem éramos melhores amigas, o que eu
possa ter feito de tão ruim para ser tratada como lixo?
“Pergunte
para seu namorado, Lua” ela disse finalmente com o tom mais frio e cruel
que eu já havia escutado. Fitou-me de cima até embaixo com um sorriso
cínico nos lábios, deu as costas e se afastou sem mais palavras.
E eu continuei ali, estática. Com milhares de coisas assombrando meus pensamentos.
Continua...
Wow! Parabéns samy, sua web está muito maravilhosa ♥
ResponderExcluirhahaha obrigada pelo elogio...mais não é minha amor, eu só posto minha amiga que escreve..ela arrasa :)
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