quarta-feira, 1 de maio de 2013

Web Um Estranho em Minha Vida

                               Capítulo 3


                                       Eu acho que morri!

“Eu encontrei você, na hora mais escura
Eu encontrei você, na chuva”

-você é tudo que eu sempre quis- ele sussurra e aproxima o rosto do meu. Sorrio.
-você também é tudo que eu sempre quis- sussurro e ele me beija
Abro os olhos e em vez de encontrar o Fernando encontro o Pichí, meu lindo chiuaua branco, lambendo meu rosto.
-Pichintinho!- exclamo levantando da cama. E sim, eu coloquei no meu cachorro o mesmo nome da corujinha do Rony em Harry potter.
Me processe!
Vou ate o banheiro e fecho a porta Pichí fica arranhando-a e latindo, mas só abro a porta depois de tomar banho e escovar os dentes.
-é isso que você ganha por atrapalhar meu sonho com o Fernando!- falo pra Pichì quando saio do banheiro e ele choraminga. Instantaneamente esqueço que estava brava com ele- tudo bem meu amor! Mamãe ainda ama você!- faço voz de criança e o pego no colo. Ele late animado e eu rio.
Saio do quarto e desço as escadas ainda com Pichí no colo. Vou ate a cozinha
-você esta com fome bebê? Ta com fome?- pergunto com voz de criança e o coloco no chão, ele late animado e gira em torno de si mesmo
Sorrio. Coloco comida na tigela dele pego uma maçã e vou pro meu estúdio. Sim eu sou pintora! Ou como diria minha mãe e empresaria: “Blair Rose! O novo nome da arte mundial”
Dou um sorriso triste. Sinto falta de mamãe ela não pôde vir a Londres comigo, na verdade ela não quis sair de Doncaster, mas eu precisava de inspiração pra minha próxima exposição. E a casa de fazenda, que é como chamo a casa que meu avô me deixou, é o lugar perfeito pra isso.
Entro no meu estúdio um aposento iluminado, arejado e pintado de branco, com assoalho de madeira clara. O teto parecia o de uma catedral, o sol abundante difundia pelo ambiente uma luminosidade suave. Contra uma das paredes havia uma longa mesa salpicada de tinta e coberta com vários apetrechos para pintura, desde longos rolos industriais ate pinceis japoneses. Posiciono uma tela intocada no cavalete e pego um pedaço de carvão, coloco meus fones e fecho os olhos por um momento quando Believe in me da Demi lovato começa a tocar. Começo a rabiscar sonhadora e descuidadamente, não tenho nada em mente, mas quando vejo. Desenhei o Fernando. De novo!
Só pra esclarecer: sim, eu sou fã da banda Torns! E meu preferido é o Fernando!
Como se vocês já não tivessem percebido.
Passo o dia inteiro pintando varias coisas (colheres, tartarugas, Fernando Roncato) nada demais.
Se mamãe visse isso com certeza faria mais um de seus discursos (“ você tem que deixar essa bandinha pra lá e se concentrar no seu trabalho e blá blá blá!”)
Já são oito da noite quando finalmente desisto de fazer algo que sirva pra exposição, na verdade eu nem tenho um tema ainda. Mamãe ficara furiosa!
Saio do estúdio e vou tomar um banho já que tinha tinta ate no meu cabelo.
Limpa e morrendo de fome, desço as escadas e encontro Pichí dormindo no sofá.
Vou ate a cozinha pego um pacote enorme de Doritos e um copo de coca. Eu sei, tudo muito saudável!
Vou pra sala e me sento ao lado de Pichí, ligo a TV num filme de terror qualquer.
Eu sei que uma pessoa que esta sozinha numa casa enorme e totalmente isolada não devia assistir filmes de terror, mas eu não tinha muitas opções.
 

(...)
 

Acordo sobressaltada com o barulho da chuva e caio do sofá. Olho sonolenta ao redor procurando por Pichí, ele não gosta da chuva, desligo a TV e resolvo ir procurá-lo quando alguém bate na porta. Fico paralisada com um dos pés ainda no primeiro degrau da escada. Afinal são, olho o relógio pendurado na parede, três da manhã. Quem em sã consciência bate na porta de alguém às três horas da manhã?
Ladrões e estrupadores é claro!
Mas pode ser alguém querendo ajuda!- diz uma vozinha intrometida na minha cabeça
Suspiro. Eu e minha vozinha caridosa!
Sigo ate a porta e a abro com cuidado.
-hã oi. Será que você pode me ajudar?- pergunta uma pessoa, pela voz sei que é um homem, que esta pingando água no capacho
O céu se ilumina com um trovão trazendo luz suficiente pra que eu consiga ver a pessoa a minha frente. E eu não acredito!
É o Fernando Roncato!
E depois acho que morri!



Continua...

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