terça-feira, 14 de maio de 2013

Web Doce Amor

                                 Capítulo 28



Fernando’s POV
 


Estava tudo escuro. Tudo estranha e assustadoramente escuro. Não havia nenhum barulho também. Onde diabos eu estava?
Eu havia aparecido no apartamento de Luinha e Chay vinte minutos atrás, e eles misteriosamente tamparam meus olhos com uma faixa preta e depois disso não tive mais a mínima noção do que estava acontecendo.
Sabia que tinha descido as escadas do prédio um pouco antes de escutar o movimento da Rua Lafayette, e finalmente entrei em um carro.
Luinha fazia de tudo para ficar calada, mas ela logo dava uma risada sapeca, sendo seguida por Chay.
O que diabos eles estavam aprontando?

Minutos depois, fui tirado de dentro do carro e agora estava naquele ambiente escuro e silencioso. Senti a presença de Luinha e Chay passarem por mim, e cochicharem algo mais a frente, e mesmo tirando a faixa que estava em meus olhos, tudo continuava escuro.
De repente, uma luz mais a frente se acendeu. Então finalmente me realizei onde eu estava. No bar de meu pai.
As paredes estavam decoradas com letras chamativas que se juntavam na frase Feliz Aniversário, Fernando.
A data que eu tanto temia havia finalmente chegado. E eu havia tentado tanto esquecê-la que, quando enfim consegui, ela voltou em cheio para me atormentar.
No entanto, antes que eu pudesse me martirizar mais um pouco, percebi que a fraca luz havia se acendido sobre o palco onde eu e os garotos costumávamos cantar, e que nenhum dos meus amigos estava ao meu alcance, nem mesmo Lua.

Escutei um acorde de guitarra, e vi Micael sobre o palco, assim como Luinha. Ela tinha um tímido sorriso no rosto, e eu estava incrédulo por vê-la ali, com um microfone em mãos. Ela faria o que eu pensava que fosse fazer? Não era possível! Aquilo era uma miragem!
Mas então sua voz doce ecoou por todo o vazio bar.

“I love you because you understand, dear, every single thing I try to do. You always land a helping hand, dear. I love you, most of all, because you’re you.”
Lua dizia que cantava mal – e as vezes em que a escutei cantando no chuveiro realmente não foram das melhores –, então eu estava realmente surpreso pela performance. Ela movia o corpo timidamente para os lados, tentando fazer toda a vergonha por estar em cima de um palco extravasar, mesmo que somente eu estivesse vendo seu pequeno show (certo, e meus amigos que estavam escondidos em algum lugar).
Mas o que mais me surpreendeu de tudo, fora a musica que ela havia escolhido para cantar. Demorei a reconhecer de inicio, mas como eu havia me tornado um grande fã de Elvis Presley – graças a ela – percebi que se tratava de I Love You Because. Luinha olhava no fundo de meus olhos, e eu a via do meu lado, sussurrando aquela declaração no pé do meu ouvido.

“No matter what the world may say about me, I know your love will always see me through. I love you for the way you never doubt me. Most of all I love you cause you’re you.”
Ela sorriu sutilmente, e não me contive, sorrindo também. Eu estava desesperado por saber que havia chegado aos dezoito anos e que eu provavelmente teria que enfrentar meu maior medo... Mas ao ver seu sorriso meigo e suas pequenas mãos envolvendo o microfone, enquanto seu corpo se movia numa melodia sutil... Tudo pareceu desaparecer. O mundo não pareceu estar desabando. A guerra não pareceu tão próxima. O fim não me pareceu uma opção.
Eu só via Luinha, e nada mais. Nada podia tirar aquele momento de mim.

“I love you because, because my heart is lighter honey, every time I’m walking by your side. And I love you because the future is a little bit brighter. And the door of my happiness you open wide.”
Eu sempre sentia que exagerava um pouco quando escrevia uma música ou um poema. Ela sempre me inspirava de uma maneira tão incrível que parecia surreal. Eu às vezes tinha certo receio que todos lessem as dezenas de musicas que eu havia escrito para ela. Tinha medo de que eles não entendessem. Não que eles precisassem entender alguma coisa, e ao olhar aquela garota ali, cantando para mim, não existiam razões racionais – por mais retórico que isso possa soar – para não amar Lua. Por mais exagerado que meus sentimentos pudessem soar aos ouvidos de um estranho, eu e somente eu sabia como era amá-la. Quais as sensações que percorriam meu corpo ao tê-la por perto, ou por simplesmente imaginá-la por perto.
Chegava a ser algo tão insanamente profundo que às vezes pensava em como aquilo podia ser real.
Quero dizer, existe mesmo aquele tipo de amor a não ser em livros e filmes?

“No matter what may be the style or season, I know your heart will always be true. I love you for a hundred thousand reasons. Most of all I love you cause you’re you.”
Luinha terminou de cantar com um sorriso simples brincando no canto dos lábios, mas eu continuava ali, petrificado, encarando-a.
Eu tinha apenas dezoito recém-adquiridos anos. Era possível aquilo que eu sentia? Não era exagero?

Que se dane.
Fosse amor, fosse paixão, eu sabia o que eu sentia: aquele frio constante e subitamente apaziguado por um calor insaciável, aquele tremor que era acalmado apenas com o toque de sua pele, aquela vontade desesperada e avassaladora de tê-la, de protegê-la, de fazê-la feliz, de rir do seu sorriso, limpar cada lagrima, dormir e sonhar com apenas ela, melhor ainda poder acordar e saber que cada sonho está realizado...
Aquilo tudo podia ser uma mera ilusão, mas era a ilusão mais verdadeira e mais maravilhosa de ter.

Lua desceu a escada do palco e começou a andar em minha direção, enquanto meus amigos começavam a aparecer subitamente.
Mas sua imagem caminhando até mim parecia em câmera lenta. Seus longos e ondulados cabelos se movimentando sincronizadamente com seu corpo; seus olhos fixos aos meus me mostravam que eu não era o único naquela maré de sentimentos tão confusamente simples; seu sorriso acalmava a tempestade de desespero dentro de mim. Desespero por saber que talvez, daqui a alguns tempos, eu não teria mais aqueles cabelos emaranhados em meu rosto, aqueles olhos me encarando com curiosidade, aquele sorriso grudado em meus lábios.

Era oficial. Eu tinha dezoito anos. Eu poderia receber uma carta a qualquer momento. Uma carta que acabaria com tudo, de certa forma.
Então, ela chegou tão sorrateiramente que me fez novamente esquecer sobre o que eu estava pensando.
Colou nossas bocas em um beijo muito sutil, mas ainda cheio de significados. Envolveu meus ombros com suas mãos delicadas e sussurrou em meu ouvido: “Feliz aniversário, meu amor”.

Eu senti o martírio em seu tom de voz. Nenhum de nós queria que aquele dia tivesse chegado tão depressa. Mas ainda assim, conseguimos esconder todo o desespero e o disfarçar com uma animação espontânea.
Tudo o que consegui fazer foi envolver sua cintura em um abraço apertado, trazendo seu corpo para perto do meu o máximo que consegui, inspirando todo aquele cheiro entorpecente que exalava de seu pescoço.

Meus amigos chegaram discretamente, envolvendo nós dois em um abraço caloroso. Nenhum disse uma palavra sequer. Todos sabiam que aquele dia não era de comemoração, por mais que quiséssemos esquecer o que aconteceria depois dele. Chay havia sido finalmente convocado às Forças Armadas. Ele partiria para a Irlanda em cinco dias. Mel havia ficado duas semanas sem mal lhe dirigir a palavra, já que Suede havia se recusado a pedir qualquer ajuda ao pai.
Arthur havia sido liberado por ter crises asmáticas freqüentemente (as quais sabíamos que o motivo era o excesso de cigarros e maconha).
Micael tinha o pai médico que conseguira um falso atestado, alegando que o filho sofria de epilepsia.
E eu... Bem, não havia recebido nada. Até agora.
Até agora.

Tentei sorrir quando Arthur gritou ‘Agora pode entrar em bordeis!’, recebendo um tapa estralado de Luinha.
Tentei sorrir quando todos me parabenizavam – também com sorrisos tão forçados quanto o meu – e me chacoalhavam.
Tentei sorrir quando Luinha me encarou com esperanças transbordando de seus olhos. Eles sussurravam ‘Vai ficar tudo bem’. E eu tentava sorrir diante dessa possibilidade, mesmo sabendo que ela estava um pouco distante.

Meu pai veio ao meu encontro, fazendo aquele sentimento estranho de desespero aumentar ainda mais dentro de mim. Me abraçou silenciosamente.
O que seria de meu pai se eu fosse para a guerra?
Como ele sobreviveria?
Primeiro, mamãe.

Depois, tio John.
Agora, seu filho.
Ele agüentaria tantas perdas?
Mesmo que tivéssemos a pensamentos positivos em pensar que eu voltaria – porque eu voltaria –, ele conseguiria se virar sozinho?
Todos aqueles pensamentos me assombraram pavorosamente.
Então, simplesmente tentei sorrir.

Afastei fervorosamente aquelas assombrações da minha mente assim que percebi a movimentação do bar. O lugar agora se enchia de pessoas e uma musica animada tentava quebrar aquele clima mórbido formado sobre nós.
Chay já havia me entregado um canecão de cerveja, e todos já gritavam uns com os outros devido a musica alta.
Luinha havia entrelaçado seu braço ao meu e parecia ter aderido ao modo de vida de todos ali por aquela noite: beber para esquecer.
Beber para esquecer que o mundo estava esfarelando.
Todos, sem exceção, dentro daquele bar carregavam aquele ar inconseqüente por uma noite. Todos pareciam querer esquecer.
Resolvi que faria o mesmo.

Bebi toda a cerveja em segundos, pronto para encher a caneca novamente. Arrastei Luinha para o balcão, entregando minha caneca a David, o bartender.
“Você já tem uma vaga no McFly” murmurei no ouvido de Luinha, vendo-a rir escandalosamente e envolver meu pescoço com seus braços.
“Eu sabia que você ia gostar!” ela disse animada, roubando-me um beijo. “Eu sempre disfarcei meu super dom para a música, sabe. Não queria que você ou os garotos se sentissem intimidados...”
“Oh, eu estou completamente intimidado” sussurrei novamente, apertando ainda mais seu corpo contra o meu. Senti Luinha suspirar contra meu pescoço e depositar alguns selinhos pela região, fazendo-me arrepiar por completo.
Levei minhas mãos em seu rosto, envolvendo-o completamente, e me limitei a encará-la por alguns segundos.
Se caso o pior acontecesse, eu queria ter aquele rosto gravado perfeita e detalhadamente na minha memória. Não que eu algum dia fosse esquecê-lo.
Colei nossos lábios, sentindo no mesmo instante sua língua quente começar a brincar com a minha calmamente. Seu beijo tinha um gosto de menta e cerveja perfeitamente combinados.
Ela mordeu sutilmente meu lábio inferior antes de voltar a me beijar mais avassaladoramente, entrelaçando seus dedos em meus cabelos e os puxando com furor. Minhas mãos, que já haviam voltado para sua cintura, agora se decidiam entre os bolsos de sua calça jeans ou suas costas cobertas por uma blusa de seda.
Poder sentir minhas mãos percorrendo cada centímetro de seu corpo, que por estarmos em um local publico não me permitia aproveitá-lo ainda mais, me dava a nítida sensação de que eu jamais esqueceria cada detalhe dele, mesmo que ficasse séculos sem vê-la.

Ainda com a intenção de guardar cada pedaço do corpo de Luinha, dirigi meus lábios ao seu pescoço, inalando novamente aquele cheiro marcante de seu perfume, sentindo sua pele macia se arrepiar por onde minha língua passava...
Delineei a forma de sua cintura com as mãos, descendo-as para seu quadril e finalmente sua bunda, tão bem moldada na curva que meus dedos faziam para agarrá-la.
Agora subi para sua barriga, vendo Luinha se contrair ao ver que minhas mãos entraram sutilmente por debaixo de sua blusa. Ela já sussurrava palavras desconexas em meu ouvido, me instigando e me fazendo arrepiar ainda mais.
Preenchi uma de minhas mãos com seu seio, que parecia se encaixar tão perfeitamente nela.
Beijei sua boca, ainda mais sedento. Com sede por seu gosto.
“Vamos para o sítio. Ou para meu apartamento. Ou para o seu carro, tanto faz. Só vamos sair daqui” Luinha sibilou com dificuldade, soltando um risinho pesaroso quando terminou de falar. Apenas arranquei mais um beijo daquela boca maravilhosa e peguei a caneca de cerveja que David havia deixado ali no balcão.

Entrelacei nossos dedos e passei a andar apressadamente por entre as pessoas, levantando a caneca em sinal de cumprimento assim que vi Micael e Arthur conversando com duas garotas. Chay e Ro provavelmente já tinham ido para o apartamento de Luinha, então pensei que seria mais cômodo irmos para o sítio.
Já na estrada que percorreríamos por quarenta minutos, Luinha parecia decidida em não me deixar dirigir, já que beijava meu pescoço incessantemente e percorria suas unhas em meu abdome por debaixo da blusa.
Quando Oh! Darlin começou a tocar no rádio, simplesmente não agüentei e parei o carro no acostamento, no meio do nada. Estávamos rodeados de mato e árvores, nada mais. A estrada estava completamente vazia, e tudo o que iluminava o rosto de Luinha era a lua e o céu sinuosamente estrelado.
Antes que eu pudesse pensar em qualquer coisa, Lua já estava sentada em meu colo e me beijava furiosamente. Suas mãos tiraram minha camisa com rapidez e agilidade, e seus lábios não tardaram a me dar arrepios quando encontraram meu pescoço nu. Eu a apertava contra meu corpo, como se o espaço daquele carro pequeno ainda não me dava a proximidade que eu desejava.
Emaranhei meus dedos nos cabelos de Luinha, puxando-a para um beijo muito urgente. Seu gosto naquele dia em especial parecia muito mais viciante.
Tirei sua blusa e a encostei no volante, agradecendo mentalmente pela buzina estragada, e passei a beijar seu colo recém-descoberto e estonteante.
Os vidros do carro já estavam quase todos embaçados, aumentando ainda mais nossa privacidade e tirando ainda mais o nosso fôlego pela falta de ar corrente ali dentro.
Mas eu não ousaria em separar minha boca da de Luinha.
Puxei seu lábio inferior com os dentes, vendo-a suspirar e apertar as unhas em meus ombros.
Ela logo tratou de tirar o resto de sua roupa, também me ajudando a tirar as minhas. Naquela noite, havia um calor diferente emanando dos nossos corpos. Talvez fosse o medo que aguçava ainda mais nossos movimentos urgentes.
Talvez fosse a incerteza do amanhã que nos fazia acabar imediatamente com qualquer possibilidade de distancia entre nossos lábios.
Talvez fossem os pensamentos amedrontadores que fazia com que ela apertasse com mais força que o usual suas unhas contra as minhas costas.
Talvez fosse o barulho das metralhadoras que atiravam no fundo da minha mente que me fizesse gritar mais alto que o normal pelo seu nome.
Talvez fosse todo o possível fim do mundo que fizesse com que nossa paixão aflorasse até a ultima gota de suor que escorria dos nossos corpos finalmente cansados.
 

[LINK MOTHER JOHN LENNON] Eu dirigia ao som da nova banda favorita de Luinha, os Beatles, num silencio muito pacifico. Ela estava deitada no banco ao meu lado, vestindo apenas sua blusa de seda, já que dormiu antes que conseguisse vestir sua calça jeans. Enquanto eu vestia apenas calça jeans.
Por incrível que pareça, minha mente não vagava em nenhum lugar amedrontador, por mais que a escuridão da estrada pudesse me lembrar do que eu tentava esquecer. Mas ter Lua ali do lado, ressonando sutil e calmamente, fazia todos os fantasmas se afastarem de imediato.
Eu simplesmente deixei que seu sono tranqüilo me acolhesse também, protegendo minha mente dos meus medos.
Dirigi pacificamente por trinta minutos até finalmente avistar todo o verde do sitio iluminado pelo céu pacato.
Quando estacionei, coloquei Luinha em meu colo e a levei direto para meu quarto, sem escutar nenhuma manifestação de sua parte. Talvez fosse o álcool e o cansaço que a deixavam dormir tão tranquilamente. Nem assim eu conseguiria.
Observei-a por alguns instantes. Seu peito subindo e descendo lentamente de acordo com sua respiração. Os fios de cabelo caindo-lhe sobre a face serena. A boca entreaberta deixando escapar alguns suspiros calmos da garganta.
Também deixei um suspiro escapar, só que um muito pesaroso.

Me arrastei para fora do quarto, indo com o coração palpitando até a cozinha. Havia uma pilha de cartas sobre o balcão, como era de se esperar em todo final de mês. Aquela pilha sempre estava lá, cheia de contas para pagar.
As contas do mês estariam ali, empilhadas como sempre ficavam. Só estariam as contas. Somente as contas. Nenhum envelope novo.
Com alguma coragem que eu não sabia de onde vinha, comecei a folhear aqueles envelopes, um por um.
Nada de novo.
Nada de novo.
Contas.
Contas.
Mais contas.
Um envelope bege. Novo. Completamente diferente dos usuais.

Fernando Roncato, Sítio Sparks, Rodovia 101, Bolton – Manchester.
Meu coração parou de bater por alguns segundos.
Depois voltou a bater freneticamente.
E parou. E voltou.
A respiração falhou.

Forças Armadas do Reino Unido.
Minhas mãos completamente vacilantes abriram o envelope.
Prezado Sr. Roncato. Você está convocado a se juntar ao Exército Inglês para honrar com dignidade seus deveres de cidadão...
Eu já não conseguia ler mais nada. Eu não queria ler mais nada.
Me arrastei com o resto de força que ainda tinha até a varanda da casa. O vento soprava serenamente contra meu tronco despido, completamente alheio à minha inexpressividade naquele momento.
Todo o desespero foi embora, deixando um grande... nada dentro de mim. Um vazio.
Eu iria para a guerra. Essa era a única opção... Não era?
Tirei um isqueiro de dentro dos bolsos da minha calça, e o acendi, vendo o fogo envolver aquela carta maldita.
Deixei que o fogo vingasse toda a raiva que agora me assoreava. Joguei a carta em chamas dentro de um latão ali perto. O fogo não desapareceria meu problema, eu sabia. Mas ele pelo menos afastaria as assombrações.
De mim, de papai, e de Luinha. Temporariamente. Até quando eu tivesse coragem de contar-lhes a verdade.
Enquanto isso não acontecia, resolvi apenas entrar em casa novamente e deixar que minhas pernas me levassem onde meu corpo queria estar naquele momento. Em todos os momentos.
Deitei-me ao lado de Lua, que não tinha a mínima noção do quanto nossas vidas mudariam a partir do momento que acordasse.

Envolvi seu corpo com meus braços, protegendo-a por aquele enquanto, aquele pequeno enquanto até que fossemos separados. Ou que fugíssemos.
Deixei que o sono finalmente me envolvesse, e torci para que os fantasmas da guerra não voltassem a me atormentar.
Mas com ela ali, tão perto de mim, eu duvidava que eles tivessem a coragem de chegar perto de nós.

Não por aquela noite.


 
Continua...

2 comentários:

  1. Acho que vou chorar =( O Fê não pode ir embora.. Luinha já perdeu o pai, o Chay já vai pra guerra, agora o amor da vida dela tbm? E como o Fê vai ficar sem a Luinha?? Eles tem q ficar juntos, nem q fujam, mas tem q ficar juntos =) Mas ainda assim, me aperta o coração saber q talvez eles não fiquem juntos!! =( #Triste E a web já tá nos ultimos caps tbm, né? Aí meu deus..

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